- Por outro lado, dieta inadequada é fator de risco para o desenvolvimento da doença, salienta Dra. Ana Flávia Locatelli, nutricionista oncológica do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS).
Uma alimentação saudável pode evitar cerca de 40% dos casos de câncer, afirma nutricionista oncológica. A alimentação e a nutrição inadequadas são, justamente, a segunda causa da doença que pode ser evitada, atrás apenas do tabagismo, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Por isso, uma dieta saudável e equilibrada não só reduz os riscos de desenvolvimento de câncer, como também as possibilidades de reincidência deste mal.Os alimentos saudáveis, além de conferir energia, protegem o organismo contra doenças crônicas, informa Dra. Ana Flávia Locatelli, nutricionista com especialização em Doenças Crônicas do Instituto de Oncologia de Sorocaba (IOS). Por outro lado, o consumo frequente e excessivo de alimentos ricos em açúcares, sal e gorduras pode afetar negativamente o corpo, desencadeando diversas doenças crônicas, como o próprio câncer.Para inibir isso, o organismo precisa receber, principalmente, quantidades adequadas de fibras, vitaminas e minerais, explica a especialista do IOS. Esses nutrientes são encontrados em alimentos de origem vegetal, que também possuem fitoquímicos, substâncias antioxidantes atuantes na proteção das nossas células e na prevenção de vários tipos de doenças, acrescenta Dra. Ana Flávia.
Uma alimentação adequada deve contemplar, prioritariamente, alimentos de origem vegetal in natura ou minimamente processados. “O prato ideal contém verduras e legumes, crus e cozidos; uma porção de carboidrato; uma proteína de origem animal e uma de origem vegetal”, detalha. Os alimentos fontes de carboidratos são, por exemplo, arroz integral, batata doce e milho. Já, as proteínas englobam carnes, peixes ou ovos. As carnes vermelhas não são contraindicadas, mas a quantidade ingerida por semana não deve exceder 500 gramas, informa a nutricionista oncológica. Recomenda-se consumi-las especialmente cozidas. As proteínas de origem vegetal, por sua vez, reúnem as leguminosas, como feijão, lentilha, soja, dentre outras. Em relação às frutas, devem ser consumidas de três a cinco porções, por dia, a depender da necessidade da pessoa. Indica-se ingerir a fruta inteira em detrimento de sucos naturais, pois as cascas também contêm nutrientes essenciais. Esse modelo alimentar previne, por exemplo, os cânceres de mama e de intestino, exemplifica.
Se possível, Dra. Ana Flávia aconselha a ingestão de alimentos orgânicos. Porém, aqueles cultivados da forma convencional também proporcionam benefícios. Em todos os casos, as carnes e os ovos devem ser cozidos, pois o processo térmico elimina os microorganismos causadores de infecções. Os vegetais podem ser ingeridos crus, desde que corretamente higienizados.
O consumo de nenhum alimento é terminantemente proibido, mas é necessário parcimônia, frisa a especialista do IOS. A ingestão exacerbada de carnes processadas, a exemplo de salsicha, linguiça, bacon e alimentos ultraprocessados ricos em sal, açúcar e gorduras, é um fator de risco para a doença. Eles possuem corantes, conservantes e outros aditivos com potencial cancerígeno ou prejudiciais ao organismo. Também podem favorecer o desenvolvimento da obesidade, considerada um fator de risco para mais de dez tipos de câncer. “O consumo frequente desses alimentos pode favorecer o desenvolvimento de câncer gastrointestinal, como o de cólon e de estômago”, adverte Dra. Ana Flávia.
Apesar dessas orientações, alimentar-se bem para prevenir problemas de saúde não significa restrições severas, salienta ela. “É possível comer de tudo. O que vai definir se a alimentação é saudável ou não é a quantidade e frequência desse consumo”. Portanto, aderir a “dietas da moda”, repletas de proibições, é contraindicado. Nesse sentido, em hipótese alguma, deve-se seguir dicas da internet, sem comprovações e recomendações médicas. Ao confiar nessas informações, “a pessoa pode acabar desequilibrando a alimentação por conta de proibições que, às vezes, não são necessárias”, avisa. Intervenções na rotina alimentar, por quaisquer motivos, devem ser indicadas somente por especialistas. “O ideal é ter um profissional de nutrição para avaliar o quadro nutricional do paciente, fazer as prescrições necessárias e acompanhá-lo durante o tratamento”, frisa.
Educação alimentar começa na infância
Nunca é tarde para mudar hábitos de vida e as transformações favorecem a pessoa em qualquer idade. Mas, quanto antes começar, melhor. Portanto, a alimentação adequada deve ser incentivada desde a infância. O processo se inicia pela amamentação, pois o leite materno é o primeiro alimento da criança. Amamentar beneficia a mãe e o filho, porque é um aliado contra o câncer de mama, aumenta a imunidade do bebê e previne a obesidade infantil, informa a nutricionista oncológica do Instituto de Oncologia de Sorocaba.
Nas fases seguintes, as crianças devem ser estimuladas a adotar hábitos saudáveis de alimentação, pois tendem a mantê-los durante toda a vida. “A educação é sempre melhor do que a reeducação”, enfatiza Dra. Ana Flávia.
Mais informações podem ser obtidas pelo site: www.oncologiasorocaba.com.br ou nas redes sociais: Instagram (@institutooncologiaios) e Facebook (Instituto de Oncologia de Sorocaba “Dr. Gilson Delgado”). O Instituto de Oncologia de Sorocaba está localizado no Centro de Medicina e Saúde, que fica na Av. Comendador Pereira Inácio, 950, Térreo, Jd. Vergueiro, telefone: (15) 3334-3434.
Alimentação saudável pode prevenir boa parte dos casos de câncer, afirma especialista
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